Arte, porque a vida por si só não deu conta dela mesma





segunda-feira, 2 de abril de 2012

Afago


e só o que eu queria agora era 

um daqueles instantes imóveis
em que eu  deixava repousar minha lágrima cansada

no silêncio do seu peito.


que no meu 
trago no tempo
só fumaça

descanço a cinza no cinzeiro


 trago no tempo
a pele escassa.


sopro
desta graça desfeita
só fumaça


só fumo 
só sumo
fumaça


só faça
 sofá
só peito
qualquer leito
 me escapa


me deito
me trago
me fumo 
me sumo
fumaça 


a graça é que depois tudo passa.


afago no tempo
só mais um trago
e eu apago.





Nenhum comentário:

Postar um comentário